Túnel imerso é a opção mais vantajosa para ligação seca entre Santos e Guarujá, afirma presidente da Fiesp
Durante visita técnica ao Porto de Santos, Paulo Skaf, defendeu que projeto de túnel é a alternativa técnica para resolver antigo gargalo da região da Baixada Santista
O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf defendeu, nesta sexta-feira (19), o projeto de túnel imerso como a melhor alternativa para a ligação seca entre Santos e Guarujá. A afirmação aconteceu após visita técnica de comitiva da federação ao estuário do Porto de Santos e almoço com prefeitos e outras autoridades, entre elas, o diretor-presidente da Santos Port Authority (SPA), Fernando Biral.
Segundo Skaf, a ligação seca é discutida há décadas e trata-se de uma obra necessária, tanto para a região da Baixada Santista, quanto para o Porto de Santos. O presidente da Fiesp defendeu tecnicamente o projeto do túnel.
“Estudos mostram que a opção do túnel seria mais vantajosa por uma série de razões, inclusive razões técnicas, além de investimentos e resultados. Por essa razão, ao nosso ver, seria mais interessante a solução através de um túnel e não de uma ponte para a ligação seca”, definiu.
O engenheiro naval e ex-presidente da SPA, Casemiro Tércio Carvalho participou do encontro e destacou a mobilização de mais de 30 empresas e associações de diferentes segmentos com a Campanha Vou de Túnel. A iniciativa defende o projeto do túnel imerso como alternativa mais viável para solucionar um gargalo de mobilidade urbana na região da Baixada santista e se mostra como a opção mais econômica, além de não gerar impacto negativo para o crescimento da operação portuária no Porto de Santos, o maior da América Latina.
De acordo com ele, um dos objetivos da mobilização é justamente promover uma discussão técnica e não política sobre o tema. “Não se trata de uma decisão política, mas sim claramente técnica sobre o que é a favor ou contra o desenvolvimento do Porto de Santos. Queremos despolitizar essa discussão”, afirma.
Casemiro Tércio destaca que a Associação Internacional de Engenharia Costeira e Portuária já recomenda que ligações secas em canais estreitos de área portuária e baías de evolução sejam feitas de forma imersa. O porta-voz da campanha defende que o Porto de Santos siga a tendência das melhores práticas mundiais quando o assunto é ligação seca próximas a canais de navegação.
“Na Europa e na Ásia, os portos com grande operação e capacidade de ampliação optaram por soluções imersas. Os portos que investiram em pontes estão sofrendo com ações para liberar espaço aéreo para os navios passarem. É um tiro no pé permitir que uma ponte seja instalada em um porto. Especialmente, no principal porto do país que agora, com a BR do Mar, pode se tornar o Hub Port para operação da cabotagem brasileira”, explicou.
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