Inaugurado em Janeiro/2014, o Terminal 2 – inspirado na forma dos pavilhões tradicionais da Índia – adiciona aproximadamente 370.000 m2 de espaço para acomodar 40 milhões de passageiros a cada ano.
Com projeto desenvolvido pela Skidmore, Owings & Merrill (SOM), o edifício de quatro pisos integra as mais recentes tecnologias construtivas à arquitetura tradicional indiana, especialmente no design da cobertura que se estende sobre todo o terminal.
A ampla cobertura central suportada por 30 pilares em forma de cogumelo e com iluminação natural proveniente de claraboias e fachadas envidraçadas é complementada pelo fechamento lateral com painéis de metal perfurado que filtram os raios do sol. Esta disposição, aliada à utilização de um sistema de controle inteligente da iluminação artificial em todo o terminal, permite uma redução estimada de 23% no custo de energia.
Os espaços monumentais, criados abaixo das trinta colunas principais, lembram os pavilhões bem ventilados e pátios interiores da arquitetura regional tradicional. Pequenos discos de vidro colorido, dentro dos “caixotões” da cobertura, salpicam o saguão abaixo com luzes. A constelação de cores faz referência ao pavão, ave nacional da Índia e símbolo do aeroporto.
Modernidade e conforto com ênfase na cultura tradicional
Um painel de vidro com 15 metros de altura – o mais alto do mundo – abre-se para o hall do check-in. A fachada transparente também permite a companhia das pessoas (que devem permanecer fora do terminal devido ao regulamento da aviação da Índia) para ver seus amigos e familiares decolando.
O corredor de check-in leva a uma área de lojas — um espaço comum que possibilita aos passageiros fazer compras, comer e observar os aviões levantando voo, através de suas amplas janelas do chão ao teto. Centralmente localizadas na junção dos saguões e o do núcleo do terminal, as praças comerciais oferecem um ponto focal de atividades, bem próximo dos portões de embarque.
Nesses espaços e em todos os saguões, peças e detalhes servindo de referências culturais, tais como candelabros inspirados na flor-de-lótus e trabalhos em mosaico tradicional de vidro, criados por artistas locais, conectam o viajante a uma comunidade e uma cultura além do aeroporto.
Obras de arte e artefatos regionais são exibidos em uma Parede Artística central, iluminada por claraboias logo acima. A prevalência da arte e da cultura locais, aliadas ao emprego de cores quentes e destaques elegantes, eleva a atmosfera do terminal além da experiência típica, frequentemente pouco criativa, dos aeroportos.
Projeto flexível
O local da construção do novo edifício do terminal estava nas proximidades do terminal existente, que teve de permanecer em pleno funcionamento durante toda a construção. Esse requisito inspirou a planta do terminal em forma de “X” alongado, que incorporaria desenhos modulares para se adaptar à construção rápida e por etapas.
Esse formato inovador também permitiu a consolidação dos departamentos de processamento de passageiros, manuseio de bagagens e de lojas e restaurantes no centro do terminal. Em cada andar, passagens radiadas diminuem as distâncias de caminhada desde o centro do terminal até as áreas de embarque, ao mesmo tempo em que maximizam o perímetro dos terminais para aumentar a quantidade de portões de acesso às aeronaves.
A cobertura do terminal — uma das maiores do mundo, sem uma articulação de expansão — assegura maior flexibilidade ao terminal. A estrutura metálica treliçada permite a execução de grandes vãos aumentando o espaçamento das 30 colunas de 40 metros de altura, distantes entre sim o suficiente para criar um espaço completamente livre e flexível para distribuir os balcões de atendimento aos passageiros e praças comerciais.
Modelo estrutural tridimensional da estrutura principal
Aeroporto Internacional Mumbai – Corte Sul.
Detalhes da construção