As cidades sustentáveis.

O desenvolvimento das cidades sustentáveis, vem ganhando cada vez espaço no cenário mundial e isso ocorreu com mais força a partir do ano de 2008. Esse ano foi um verdadeiro divisor de águas na questão, pelo fato de que em algum momento neste ano, pela primeira vez na história da humanidade, mais pessoas moravam em áreas urbanas do que em áreas rurais. Nos acompanhe na leitura desse artigo para ficar mais por dentro desse tema.

Dados sobre moradia e urbanização das cidades verdes.

Essa informação pode ser surpreendente, afinal no Brasil dos anos 60, a população já vivia, em sua maioria, em ambientes urbanos; em 2010 já eram cerca de 85%.

Estudos indicam que até 2030, cerca de 6 em cada 10 pessoas ao redor do globo, viverão em cidades e em 2050, essa expectativa é de 2/3 da população mundial; logo o futuro está nas cidades. Se por um lado as cidades são os centros de ideias, comércio, cultura, ciência e produtividade, concentrando 70% do PIB global em apenas 2% da superfície terrestre, por outro, as altas taxas de densidade demográfica e o crescimento desordenado acarretam diversos problemas, como aqueles relacionados ao transporte, a poluição, aos resíduos e a segregação.

Para se ter uma ideia, 60% do consumo global de energia, 70% das emissões de gases de efeito estufa e 70% da produção de resíduos, advêm das cidades, além do mais, a concentração fundiária e a segregação de diferentes grupos são problemas que afetam desde as cidades de países desenvolvidos até aquelas de países de menor desenvolvimento.

Relativo a isso, a comunidade internacional, atenta para a importância das cidades, e as suas governanças, vem se esforçando para promover a criação de ambientes urbanos economicamente viáveis, socialmente justos e ambientalmente corretos, ou seja, sustentáveis.

Programa Habitat 3.

O programa hábitat 3, realizado em Quito, no Equador, em 2016, é um dos principais esforços nesse sentido. A conferência reuniu representantes de todos os países membros da ONU, além de representantes da sociedade civil, pesquisadores e demais interessados; nela foi aprovada a nova agenda urbana.

Esse documento intergovernamental, mostra o que deverá ocorrer com a área de urbanização nos próximos 20 anos. As diretrizes do documento, dialogam diretamente com os objetivos de desenvolvimento sustentável, em particular com o objetivo de tornar as cidades e os assentamentos mais humanos, inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

As cidades sustentáveis devem ter espaços que agreguem as pessoas e gerem sinergia, que garantam o acesso de todos à habitação segura, adequada e a preço acessível; além de acesso a serviços básicos e que têm os sistemas de transporte seguros, acessíveis, sustentáveis e eficientes no contexto de mudanças climáticas.

É essencial que as cidades sustentáveis devam estar preparadas para prevenir ou mitigar os danos de catástrofes ambientais, enfim, devem ser capazes de resistir às intempéries, sem que ninguém seja abandonado. O processo de construção de cidades sustentáveis, deve levar em conta todos os níveis sociais e prestaram especial atenção às necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade, mulheres, crianças, pessoas com deficiências e idosos.

Ferramentas para controle das atividades até a validação das cidades sustentáveis.

A coordenação entre os governos nacionais, por meio de auxílio financeiro e técnico, e entre os governos vindo de nacionais de seus respectivos governos subnacionais locais, além de demais atores relevantes, são essenciais para a execução desses objetivos. O monitoramento do processo tem importância central para o alcance das metas.

Nesse sentido, o conhecimento e as ferramentas geográficas, os indicadores internacionais adaptado à realidade nacional, permitem fazer comparações em diferentes escalas, o que é muito importante para representar o território nacional e a realidade nos estados e municípios no Brasil.

O IBGE está envolvido na produção de grande parte dos dados que vão nortear essas políticas públicas voltadas ao cumprimento das metas estabelecidas pela ONU.

Nos resta acompanhar o processo no decorrer dos anos e fazer nossa partes na sociedade para que cada vez mais haja uma urbanização mais humanizada e sustentável.