Casa na mata de 172 m² em estrutura metálica

Os clientes desejavam uma casa prática como um loft, um refúgio suave entre as árvores e uma praia em Camaçari, na Bahia

O estilo de vida descontraído dos proprietários determinou o projeto desta casa de 172 m², compacta, mas com espaços amplos e integrados. O terreno de 885 m² faz parte de um condomínio situado entre a praia de Busca Vida e uma mata nativa preservada no município de Camaçari, a 40 km de Salvador. Segundo o autor do projeto, o paulista André Luque, os clientes desejavam uma casa simples e prática como um loft; um refúgio suave entre as árvores, capaz de propiciar o desejado descanso, longe da cidade grande onde trabalham todos os dias. Para agilizar a obra e enfrentar o desafio de preservar as diversas árvores nativas do terreno (uma das prioridades impostas pelos proprietários), o arquiteto sugeriu o uso de estrutura metálica, o que foi aceito. Com um programa de necessidades convencional, mas reduzido, a casa foi implantada em uma clareira, com impacto mínimo sobre o terreno. Adeptos de espaços abertos, os proprietários preferiram um salão único na área social, com estar e jantar juntos e voltado para uma generosa varanda em L. Suíte, copa e cozinha, dependência de empregados, despensa, área de serviço e garagem complementam o programa.

Sistema estrutural

André Luque explica que o uso da estrutura metálica imprimiu velocidade à execução da obra, e a montagem de vigas e pilares foi concluída em apenas dois dias. Com poucos fechamentos em alvenaria e grandes aberturas em portas de correr de vidro, a execução da casa foi quase uma montagem de peças industrializadas e pôde ser concluída em apenas seis meses. Como fundação foram usadas sapatas de concreto apoiadas diretamente na areia compactada, a 1,30 m de profundidade. Os pilares de concreto estão unidos aos metálicos por encaixe do tipo macho e fêmea, enquanto as demais partes da estrutura metálica foram soldadas. A estrutura foi projetada em grelha metálica, com módulos de 4 m por 5,50 m, e apenas os quatro pilares metálicos da parte frontal da casa ficaram aparentes; os outros oito pilares estão encobertos pela alvenaria. “Com a cobertura da varanda em balanço e os fechamentos em grandes portas de correr de vidro, a casa, vista de frente, parece estar apoiada em paredes de vidro”, diz o arquiteto

Acabamentos

Fixados na parte inferior da viga metálica da estrutura, trilhos de alumínio seguram as folhas de vidro das grandes portas de correr que medem 2,85 m do piso ao teto, e permitem que elas corram nos dois sentidos. Nas paredes de alvenaria, um corte horizontal no alto, propicia entrada de luz e ventilação cruzada permanente. Dois vidros paralelos, um preso na base e outro no topo, formam essa abertura, que é protegida por tela para evitar a entrada de insetos. O fulget branco foi usado como revestimento do piso interna e externo, assim como na garagem. A varanda é um deque de cumaru, protegido por tratamento químico. No alto, o grande pergolado em balanço, também de cumaru, reduz a insolação na varanda e se encaixa na bandeja inferior da viga metálica. Como acabamento das paredes foi usada textura branca. A cobertura tem telhado de telhas termoacústicas de alumínio, com recheio de poliestireno e calha central.

           
 

        
 

      
 

Fonte: Uol Casa e Imóveis