Diferente de obras comerciais ou residenciais, construções hospitalares têm uma série de particularidades e características específicas para sua execução. A construção de um hospital é uma obra bastante desafiadora. O desafio é decorrente da grande quantidade de sistemas necessários para uma operação deste tipo, bem como dos muitos requisitos de sustentabilidade e gerenciamento de aspectos e impactos ambientais. Isso sem falar de obras que, em muitos casos, são realizadas com os hospitais em pleno funcionamento.
A complexidade está na necessidade de aplicação de uma enorme gama de conformidades, envolvendo diversos sistemas estruturais e de instalações, além de observar uma grande quantidade de acabamentos e equipamentos muito mais complexos do que os observados em outros tipos de projetos. Como, por exemplo, as normas específicas referentes à infraestrutura de estabelecimentos assistenciais de saúde, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), bem como os controles de atividades em obras e procedimentos de execução que tem que estar voltados ao controle rigoroso desses sistemas, e dos seus componentes.
A MPD Engenharia, empresa que atua há 37 anos no mercado de construção e incorporação, conta com profissionais com experiência e conhecimento de projetos e obras na área da saúde, na qual já opera há mais de 15 anos. Um dos aspectos fundamentais para o sucesso na execução de uma obra hospitalar é a multidisciplinaridade das equipes de construção, contando com profissionais com expertise nos diferentes sistemas que precisam se integrar em uma obra com essa qualificação, tais como sistemas elétricos, sistemas de ar, sistemas de gases, e sistemas de controles que auxiliam na gerência dos diversos equipamentos que compõe a construção de um hospital. Em maio, por exemplo, a MPD concluiu uma importante obra no Estado de São Paulo, o Hospital de Urgência de São Bernardo do Campo, com 220 leitos e hoje totalmente voltado ao tratamento do COVID-19. E está em fase de finalização o novo Hospital Metropolitano de Salvador, com 320 leitos, que também será, quando inaugurado, direcionado integralmente ao tratamento da pandemia.
A expertise necessária para uma obra como essa requer contínuo aprendizado das mais recentes técnicas de construção hospitalar, que se renovam constantemente, demandando maior experiência adquirida e atualização de conhecimentos. O planejamento e a gestão de uma obra hospitalar são fundamentais para o sucesso do empreendimento em função da quantidade de sistemas complexos envolvidos, e pelo seu nível de certificação.
Diferente das edificações residenciais e comerciais em geral, que possuem uma repetição do padrão desenvolvido, no caso de projetos ligados à área da saúde, as exigências mudam constantemente. Cada área específica, como salas de cirurgia, UTIs, salas de tomografia, salas de Raios X, quartos de internação, consultórios, quartos de isolamento, áreas comuns, almoxarifado, cada uma têm as suas exigências próprias, com necessidades de instalação de sistemas também específicos que garantam o perfeito atendimento aos pacientes. Centros cirúrgicos de oncologia, de problemas cardíacos, ou neurológicos, entre outros setores, requerem atenção especial, já que qualquer descuido, mínimo que seja, pode comprometer o funcionamento de equipamentos e, até mesmo dos diagnósticos.
“O domínio de métodos construtivos atualizados, assim como materiais e equipamentos dentro das conformidades, garante que se conclua uma obra com eficiência e confiabilidade. Com o variado tipo de equipamentos que um hospital recebe, muitos deles delicados e de alta precisão, o comissionamento é muito importante, por exemplo. O dimensionamento dos espaços, iluminação adequada, instalação de gases medicinais, blindagem com paredes baritadas, implantação de IT médico, equipamentos de tomografia, equipamentos de Raios X, de ultrassonografia, de ressonância magnética, respiradores mecânicos, entre outros, devem ser detalhadamente considerados”, explica Hideo Oki, Diretor Comercial da MPD Engenharia.
Acabamentos e instalações precisam ser previamente planejados, seja de foco cirúrgico, isolamento eletromagnético com Gaiola de Faraday no caso de equipamentos de ressonância magnética, piso condutivo para salas de cirurgia com manta vinílica condutiva e chapas metálicas. Sem um projeto adequado, um equipamento de grande potência ou de grande precisão poderia distorcer os diagnósticos ou até mesmo causar grandes danos às instalações.
Acabamentos hospitalares atuais têm padrões sofisticados e similares a projetos de hotelaria. Assim, questões de higiene, fluxo de serviços e acessibilidade possuem uma importância ainda maior. Afinal, devem-se considerar acessos adequados para todos os públicos: pacientes, visitantes, equipes médicas, colaboradores, prestadores de serviços, portadores de necessidades especiais, ambulâncias e veículos particulares.
A experiência e a expertise da equipe e da construtora são fundamentais para se levar a um bom termo uma obra desafiadora como a de um hospital.