Mesmo sendo 20% mais cara, estrutura metálica é escolhida por agilizar tempo de execução da obra
Com a necessidade de executar uma obra num prazo curto, a Brandão & Marmo Engenharia e Construções decidiu comparar custos de duas opções de estrutura: metálica e concreto armado. O objetivo era analisar tanto a viabilidade econômica quanto o prazo de execução. O empreendimento – uma loja na cidade de Osasco (SP) – só dispunha, inicialmente, dos projetos de arquitetura. A construtora, então, foi contratada para viabilizar a obra como um todo, inclusive para a fase de gestão e coordenação de projetos de instalações em geral e de estruturas.
Eduardo Marmo, engenheiro e diretor comercial da empresa, conta que, no início, além das duas opções estudadas, o cliente solicitou que fosse analisada também a alternativa com pré-moldados de concreto. Mas essa opção logo foi descartada por questões econômicas. De acordo com a construtora, o custo seria elevado – algo em torno de R$ 3,5 mil/m³ de concreto – e demandaria prazo de cerca de quatro meses para fabricação e montagem – período considerado longo.
Ao confrontar os custos da estrutura metálica com os do concreto armado, a construtora constatou que a segunda opção (concreto armado) seria a mais econômica. No entanto, outros fatores eram desfavoráveis: prazo mais longo e logística complexa em termos de movimentações e entregas de insumos, sobretudo de concreto usinado, que exigiria interrupções e transtornos à via pública.
“Além do curto prazo de obras, o projeto e viabilização da construção deveriam ainda considerar as limitações de verba e a logística complexa do terreno, que é pequeno e está localizado numa avenida de grande movimentação e tráfego de pedestres”, explica Eduardo Marmo.
A estrutura metálica tinha previsão de consumo de aço na ordem de 70 kg/m², antes do desenvolvimento de projetos específicos, algo que era preocupante para o custo da obra. Mas, mesmo assim, foi a alternativa escolhida pela Brandão & Marmo. “Optamos por levar em frente a concepção com estruturas metálicas, sobretudo em função da importância do cumprimento de um curto prazo de obra, que não passava de sete meses de execução”, conta o engenheiro.
De acordo com a empresa, o resultado final superou as expectativas e conduziu para um projeto com uma taxa de consumo de aço 15% inferior ao previsto inicialmente, na ordem de 60 kg/m². Isso permitiu a redução da diferença de preços entre concreto armado e estrutura metálica, tornando a segunda 21,62% mais onerosa. “Com a solução em metal conseguimos executar a fabricação mais a montagem da estrutura completa em 60 dias, metade do prazo que teríamos na opção em concreto armado”, revela Marmo.
Outra vantagem visualizada pela construtora foi poder dar início à fabricação da estrutura antes mesmo da conclusão das fundações. “Temos também uma construção mais esbelta, com pilares de seções reduzidas em relação à solução em concreto, fundamental para os conceitos e pré-requisitos de estética e layout do projeto arquitetônico”, conclui o engenheiro Eduardo Marmo.