Funcionamento de uma mina de exploração de minério de ferro.
A exploração de minérios através de mineradoras no Brasil é datada desde o século XVII, com expedições que buscavam por metais valiosos como ouro, prata e cobre, além de pedras como esmeraldas e diamantes.
Como o desenvolvimento do país, começou a “caça” por recursos e o ferro se tornou um dos principais produtos para as grandes indústrias e a partir disso, começou a corrida pela mineração. Nesse artigo, explicaremos de forma clara, o funcionamento básico de uma mineradora na extração de minérios de ferro. Nos acompanhe.
A particularidade de cada mina.
A ideia fixa de que cada mina é única, deve sempre nortear o pensamento quando o assunto é extração de minério, independente se for do mesmo tipo de mineral. As mina de ferro, por exemplo, cada uma é única porque o corpo mineral é diferente, as geologias são distintas, os solos e a formação daquele minério, são diferentes, são regiões diferentes, todo o ecossistema e as condições topográficas, são diferentes e até mesmo a forma do corpo é diferente, então para se lavrar, para se extrair um bem mineral, cada mina se torna única.
Uma mina de ferro no quadrilátero ferrífero, como são a maioria no Brasil, de um modo geral, podem ser definidas como minas a céu aberto. Então é uma escavação a céu aberto para retirar o minério de ferro, que estão expostas na superfície, ou próximo da superfície, não sendo tão profundo assim, mesmo assim é necessário retirar uma camada de estéreo para liberar o minério.
O que é o estéril?
O estéril nada mais é que aquele material que não vai para a usina. É um resíduo da mineração também, não é um rejeito; então numa mina, numa lavra, numa operação de lavra, têm-se dois produtos:
- o minério propriamente dito, que vai pra usina para ser concentrado, para retirar as substâncias não úteis dele, para deixá-lo de forma ativa, vendável e atrativo ao mercado (ou nas características que o mercado demanda).
- o estéril, que é um material de capeamento, ou seja, um material que está cobrindo, que está sobre o minério;
Numa analogia, é como se descascassem uma laranja. Para ter acesso ao suco, é preciso descascar a laranja. O minério seria o suco da laranja, mas quando o suco é extraído, é obtido também a semente. Essa semente seria o rejeito, aquilo que você descarta.
É uma linguagem simples, para entender que o estéril é o material seco, o material grosseiro que sai da mina e ele é depositado, ele é empilhado e recebe o nome de pilha de estéril, ou depósito controlado de estéril, que basicamente é uma montanha que se cria ao lado da mina.
Essa pilha de estéril, deve ser executada através de um projeto construtivo para que essa pilha seja estável o longo prazo, enquanto tiver aquela estrutura, que acabará por ser uma estrutura que ficará para sempre naquela região.
O tratamento do minério e do rejeito.
Enquanto o minério vai para usina, para ser limpo precisa e se retirar o que não é útil dele, voltam a mina o que é chamado de ganga. A ganga nada mais é do que o rejeito; é o que é descartado no processamento, no tratamento desse minério, na limpeza desse minério, para o minério de ferro ser obtido como produto final.
Esse rejeito é constituído basicamente de sílica. É claro que se tem um pouco de ferro nele porque você não consegue um processo 100% eficiente, ou seja, retirar toda ganga, todo o rejeito do minério de ferro. É inevitável que uma parte dele vá para o rejeito, mas o rejeito é constituído basicamente de areia sílica, não possuindo metal pesado; não tem níquel, não tem cobre, não tem cobalto, não tem nada disso, é 60% de areia e o resto é óxido de ferro e lama, e outros produtos sem características de metal pesado.
Explicando dessa maneira, dá pra entender a dimensão de uma mina de exploração de minério de ferro e quais os cuidados devem ser tomados para que não haja desastres ambientais nesses locais.
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