Museu de História Natural de Xangai é construído com soluções sustentáveis
O Museu de História Natural recém-inaugurado em Xangai, na China, é um belo exemplo de espaço funcional construído com princípios de arquitetura bioclimática. A estrutura possui 44.517 metros quadrados e inclui paredes e telhados verdes, sistemas eficientes, diversos espaços diferentes para exposições e mais de dez mil artefatos de todo o mundo.
Conforme informado pelo site especializado ArchDaily, o prédio foi planejado pelo escritório de arquitetura Parkins + Will e finalizado em 2015. O edifício possui diversas soluções usadas para reduzir seu impacto ambiental. Logo na entrada os visitantes já podem perceber isso. Além de ter um jardim de exposições ao ar livre, o átrio principal do museu tem 30 metros de altura e é envolto por vidro, que permite a entrada abundante da luminosidade natural. O design do local foi inspirado na estrutura celular das plantas.
De acordo com os arquitetos responsáveis pelo projeto, a construção foi pensada com base no formato do escudo de nautilus, uma das formas geométricas mais puras encontradas na natureza. As paredes possuem formas diferentes e com significados próprios. A parte de vidro, lembra as células, enquanto a fachada coberta por plantas, representa a vegetação da Terra. Outra parede é cheia de pedras, que estão associadas às placas tectônicas e a última delas possui fontes de águas, simbolizando os rios. O intuito é usar os elementos arquitetônicos como forma de demonstrar a harmonia entre o ser humano e a natureza.
Os conceitos bioclimáticos estão aplicados na maximização do aproveitamento da luz natural e no uso de outros elementos que proporcionam a regulação da temperatura interna, como uma lagoa no pátio central, que fornece arrefecimento através da evaporação. O telhado é equipado com sistema de capitação da água da chuva, usada posteriormente para irrigar as plantas.
O museu de história natural é um espaço para as pessoas explorarem o mundo através das exibições. Assim sendo, todos os detalhes da arquitetura do projeto precisam estar em harmonia com este propósito, proporcionando uma experiência ainda mais profunda e sensível.
Fonte: Ciclo Vivo, ArchDaily