Funtac trabalha na análise das vantagens e custos da experiência. Técnica deve ser usada como ‘suporte’ para construção de ramais.

Barro calcinado pode ser alternativa para construção de estradas vicinais (Foto: Reprodução/TV Acre)

Técnicos da Fundação de Tecnologia do Acre (Funtac) trabalham há 12 anos em uma técnica de calcinação do barro, que consiste no reaproveitamento do solo descartado na construção de estradas vicinais, os conhecidos ramais. O projeto passa pela análise de três engenheiros que, após 30 dias, vão apontar as vantagens da experiência e seu baixo custo.

Segundo o engenheiro civil Flávio Calixto, estudos realizados mostram que a resistência do barro calcinado no concreto tem valores similares aos da brita. “A vantagem dela é seu custo. Como a gente pode fabricar isso aqui, o custo de transporte no produto vai deixar de existir”, afirma.

Flávio Calixto explica que o experimento precisa ainda “cair no gosto” dos empresários da construção civil, o que possibilitaria a fabricação em escala industrial.

Para ir além, a Funtac deu início em janeiro deste ano à construção de um forno rotativo, que permite o aproveitamento do solo que é descartado para abertura dos ramais. Segundo o engenheiro da Funtac, Henrique Mateo, o material utilizado no ramal seria o pior solo que existe, que é a tabatinga. Nesse sentido, o solo é colocado no forno, onde é petrificado e recolocado na estrada.

O diretor presidente da Funtac, Luis Augusto, diz que o estudo tenta dar uma solução para o problema de custos na abertura de um ramal. “Estamos tentando dar uma solução para isso, através do forno rotativo, que é portátil, a gente pode transportá-lo para a área do trabalho e com isso diminuir os custos para abertura de qualquer ramal”, explica.

Conforme o engenheiro Henrique Mateo, os estudos partem para o levantamento dos custos do quilômetro de ramal utilizando o barro, e devem ser finalizados após trinta dias.

“Estamos levantando os custos, quanto vai custar esse quilômetro de ramal. Pelo o que estamos vendo, vamos conseguir reduzir mais ou menos de 30 a 40%, o custo de quilômetro de ramal”, finaliza.

Fonte:

http://g1.globo.com/ac/acre/noticia/2014/07/no-ac-pesquisadores-usam-tecnica-que-transforma-barro-em-pedra.html