Considerado o método mais difundido no segmento metal mecânico, é utilizado principalmente na fabricação e montagem de estruturas metálicas
A soldagem com eletrodo revestido, também conhecida como processo SMAW (Shielded Metal Arc Welding), é o método de soldagem mais difundido no segmento metal mecânico. É utilizado principalmente na fabricação e montagem de estruturas metálicas, na indústria de petróleo e gás, mas também em aplicações menores, como serralherias, trabalhos artísticos e uma infinidade de tarefas de solda. Basicamente, quase todos os materiais metálicos podem ser soldados com eletrodos revestidos.
Este processo consiste em manter um arco elétrico entre duas partes metálicas, no caso a extremidade do eletrodo metálico revestido e o metal-base da peça que está sendo trabalhada, que serão fundidas a partir do calor provocado pelo arco.
Jeferson Godinho, especialista em processos e aplicação de soldagem da Unidade de Perfect Welding da Fronius do Brasil, ressalta que a soldagem com eletrodo revestido permite todas as posições de soldagem, seja plana, horizontal, sobre a cabeça, vertical ascendente ou descendente, e, nos mais variados tipos de junta.
“Além disso, a soldagem por eletrodo revestido não depende de gases externos de proteção, utiliza apenas os gases que são gerados pelo revestimento do eletrodo. Isso facilita a realização de trabalhos ao ar livre, mesmo em condições climáticas adversas, como vento ou chuva, e permite inclusive a soldagem subaquática”, revela Jeferson.
Ele explica que a soldagem por eletrodo revestido requer uma baixa tensão e alta intensidade de corrente, sendo que este último deve ser o parâmetro mais importante para manter os requisitos impostos pela junta a ser soldada. “É fundamental que a corrente seja a mais constante possível, mesmo que o comprimento do arco voltaico se altere. Por isso, inclusive, as fontes de solda para soldagem com eletrodo revestido sempre apresentam curva característica de corrente constante (CC), também conhecida como curva tombante”, comenta.
Apesar de baixa velocidade de soldagem, de gerar fumos metálicos e da necessidade de manter o tratamento do revestimento do eletrodo, a soldagem com eletrodo revestido oferece inúmeras vantagens em relação aos processos MIG/MAG e TIG. Entre elas:
• Fácil manuseio
• Independe da localização e é universalmente aplicável: na oficina, ao ar livre, debaixo d’água
• Baixo custo de aquisição
• Proteção do cordão de soldagem devido à formação de escória
• Quase todos os materiais metálicos podem ser soldados
• Alta qualidade do cordão de soldagem e altos requisitos mecânicos, a depender da classificação que o eletrodo está enquadrado.
A Fronius do Brasil, empresa de origem austríaca líder em inovação em soldagem por arco elétrico e soldagem robotizada, dispõe de sistemas para a soldagem por eletrodo revestido, entre eles, a TransPocket 150 e a TransPocket 180, equipamentos compactos e de grande robustez que, através de sua tecnologia de ponta, entregam uma infinidade de funções que simplificam o trabalho do soldador.
O especialista da Fronius ressalta que funções como Hot Start, Soft Start e Anti-Stick presentes nestes equipamentos fornecem suporte no início e durante o processo de soldagem. “E, ainda, devido à sua curva CC, eles também apresentam excelente desempenho para soldagem TIG”, finaliza.
Fonte: Lilas Comunicação