Com uma altura 309,6 m, 71 andares e uma área total de cerca de 214 mil m2, este arranha-céus incorpora vários elementos de design sustentável aplicados pela primeira vez em conjunto numa única estrutura.

A empresa Skidmore, Owings & Merrill LLP (SOM), é conhecida pelo uso de tecnologias de vanguarda e seus edifícios são quase sempre concebidos pensando na sustentabilidade.

Diferentemente da maioria dos arranha-céus, o Pearl River Tower foi construído pensando no desempenho. Uma das características mais originais da torre é a sua capacidade para gerar quase toda a energia que consome. O posicionamento estratégico, orientação e concepção do edifício maximiza o aproveitamento da energia solar e eólica.

           

 

Energia Eólica

Na fachada do edifício existem quatro aberturas (em dois andares mecânicos), que direcionam o vento do sul em uma série de grandes turbinas eólicas.

O sistema cria uma pressão negativa sobre o lado oposto do edifício, que ajuda a acelerar o vento e gerar cerca de 15 vezes mais energia elétrica do que uma turbina de vento tradicional. Desta forma o River Pearl Tower gera maior parte de sua energia. À medida que o vento flui através das aberturas acionam as turbinas integradas de eixo vertical, que geram energia elétrica para atender os sistemas de aquecimento, ventilação e ar condicionado. A forma do edifício assegura que os aerogeradores funcionem  mesmo com ventos fracos e vindos de várias direções, aumentando até 2,5 vezes o potencial de geração de energia.

Toda a energia produzida pelas turbinas é utilizada para alimentar os equipamentos eletrônicos da torre. E depois de girar as turbinas o vento é direcionado para o sistema de ventilação, dispensando assim o uso de ar condicionado.

             

Energia Solar

A torre está orientada para maximizar o uso de radiação solar e utiliza painéis solares fotovoltaicos para suplementar a produção de energia das turbinas eólicas.

Assim as fachadas Norte e Sul foram concebidas como uma dupla parede de painéis de vidro separadas por um corredor de ar ventilado de 20cm. Esta estrutura funciona como isolante contra as temperaturas extremas. O calor do Sol é aprisionado neste espaço e sobe através dele até chegar a trocadores de calor para ser utilizado em processos de desumidificação ou de aquecimento de água.

 

 

Já as fachadas Oeste e Este possuem camadas triplas de vidro e venezianas automatizadas que cortam a luz do Sol quando necessário. A energia elétrica requerida para a sua operação é fornecida por painéis fotovoltaicos instalados no topo do edifício.

 

 

 

Economia

Outro ponto importante no projeto foi limitar a quantidade de energia que a  torre consome. Ao reduzir a necessidade de energia, é mais provável que o arranha-céu seja capaz de produzir toda a energia que necessita. Diversas práticas sustentáveis, incluindo, além da dupla fachada, um sistema de resfriamento que utiliza tubulações de água gelada sob os pisos, o redirecionamento dos ventos para o sistema de ventilação que substitui o ar condicionado, as venezianas automatizadas, entre outros, são responsáveis por reduzir até 58% as necessidades de energia do edifício.

                 

Localização: Guangzhou, China
Altura: 310m
Andares: 71
Área Construída: 214.100m²

Arquitetos: SOM; Guangzhou Design Institute

Fonte:

Skidmore, Owings & Merrill LLP (SOM), (https://www.som.com/)