Além de dividir espaço com tratores, guindastes e paredes de concreto, eles ajudam a fiscalizar a evolução de obras
De agora em diante, quem passar por um canteiro de obras em Joinville pode se deparar com um pequeno “intruso” dividindo o espaço com tratores, guindastes e paredes de concreto. Silencioso e ágil, o drone, um tipo de veículo aéreo guiado por controle remoto, está conquistando espaço na construção civil de Santa Catarina e, acompanhando uma tendência mundial, abrindo portas para inúmeros investimentos e novos mercados.
Por conta da estabilidade e da facilidade de se controlar um drone, as construtoras podem estudar a evolução de prédios e grandes estruturas de ângulos que, até pouco tempo atrás, eram impraticáveis. Com as imagens aéreas, as empresas conseguem coletar dados estratégicos, abrindo possibilidades para novas alternativas de desenvolvimento e a comercialização dos empreendimentos.
Dessa forma, é possível planejar melhor cada um dos passos de uma obra, otimizar as avaliações comerciais, saber qual vai ser a vista de cada janela e até fazer uma avaliação topográfica para obras futuras – conta o engenheiro Osmar Rodrigues, que após um ano e meio de testes e adaptações hoje acompanha cinco empreendimentos em Joinville com três drones.
Entre as vantagens oferecidas por esses robôs estão o alcance e a maior segurança, reduzindo inclusive índices de acidentes de trabalho, já que essas máquinas podem chegar a lugares perigosos para os humanos. Marco Mota, sócio de Rodrigues e o responsável pela tecnologia e eletrônica por trás dos equipamentos, explica que o drone realiza um voo inteligente, utilizando GPS. Em outras palavras, se o drone apresenta algum problema, ele volta para o ponto de origem sozinho.
Outro benefício é a redução de custos. O acompanhamento da obra de vários ângulos por meio de drones dispensa o aluguel de aeronaves que antes eram contratadas para fazer as imagens aéreas das obras.
Ainda não há um levantamento preciso de quantos drones operam dentro da construção civil no Estado ou no País, mas Rodrigues acredita no potencial do negócio.