Sistema elimina emendas ou parafusos aparentes e chega a até 140 m de comprimento; desempenho depende de bom alinhamento da estrutura e de cuidado na fixação e acabamento.

Recomendadas especialmente para coberturas de grandes extensões e inclinações de até 2%, as telhas zipadas são constituídas por painéis em alumínio, aço galvalume ou galvanizado produzidos a partir de bobinas, posteriormente perfiladas, que podem chegar a 140 m de comprimento da cumeeira até a calha. O sistema garante uma estrutura contínua e sem emendas ou parafusos aparentes e a fabricação e montagem das telhas são realizadas na própria obra, no local de instalação.

Além da composição tradicional, que consiste em terças metálicas, clipes de fixação e telhas superiores, é possível formar sanduíches termoacústicos. Para isso, formam-se, na própria obra, núcleos entre duas telhas – a superior, zipada, e a inferior, trapezoidal. As telhas superiores e inferiores podem, ainda, receber diferentes tipos de revestimento.

Geralmente a perfilação acontece na posição de montagem, mas é possível conformar as chapas, que chegam ao canteiro em bobinas, ainda em solo. Para tanto, é preciso contar com área razoavelmente grande no canteiro de obras e com equipe mais numerosa para manuseio das peças. Em alguns casos, o projeto traz o planejamento da sequência de montagem.

1. Avaliação da estrutura

Antes de iniciar a montagem, verifique se a estrutura metálica, que envolve as terças que sustentam as telhas, está bem alinhada e nivelada. Caso contrário, o telhado pode sofrer ondulações, prejudicando o escoamento da água. O espaçamento entre as terças depende da telha especificada. Em geral, para telhas fixadas diretamente à estrutura, a média é de 2 m de espaçamento. No entanto, caso a telha inferior seja à base de ancoragem na estrutura, as terças podem alcançar até 5 m de espaçamento.

2. Clipes

Os clipes proporcionam alinhamento às telhas e devem ser posicionados desde a cumeeira até o beiral do telhado, sendo alinhados tanto em relação à terça quanto paralelamente. A distância entre eles varia de acordo com a largura útil da telha. A falta de alinhamento provoca problemas na zipagem. Para estruturas com peças com mais de 30 m, recomenda-se o uso de clipes móveis. Estes contam com junta móvel, permitindo a dilatação e evitando esforços na cobertura.

3. Perfilamento

Embora possa ser realizado em solo, o perfilamento das telhas geralmente é executado no local de instalação, no nível da cobertura. Nessa etapa, é importante cuidar para que a segurança do serviço em altura seja garantida. Além disso, é importante checar se o caminho que o guincho irá percorrer enquanto as telhas são perfiladas e posicionadas é plano e tem resistência adequada.

4. Fixação preliminar

Depois de perfiladas, as telhas são encaixadas nos clipes. Essa fixação prévia evita que o vento prejudique a estrutura enquanto ela ainda não é zipada. O ideal é realizar o serviço conforme o telhado é montado. Além disso, é importante que, durante os procedimentos, os operários caminhem sobre tábuas e não diretamente sobre os perfis.

5. Zipagem

 

A zipagem é iniciada logo em seguida. Para isso, uma zipadora portátil se encaixa na sobreposição das duas telhas, no ponto onde estão instalados os clipes, e segue enrolando as extremidades das chapas ao longo de todo comprimento da cobertura.

6. Acabamentos

Por fim, são feitos os acabamentos, como cumeeiras, rufos, arremates e pingadeiras junto às calhas. O acabamento cuidadoso proporciona estanqueidade ao sistema. Isso porque, como a cobertura tem pouco caimento, pode haver acúmulo de água, com infiltração nos arremates.

Reportagem: Maryana Giribola

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