Tudo o que você precisa saber sobre o Bio-concreto

É claro que todas as pessoas, sendo profissionais ou não da construção civil, já ouviram falar do concreto. O concreto está consolidado no mercado desde os primórdios de toda edificação e é conhecido por ser o sistema construtivo mais utilizado no mercado atual.

No entanto, há uma vertente desse sistema que está ganhando cada vez mais o mercado e está se consolidando como uma das mais promissoras tecnologias para o futuro. Acompanhe nosso artigo descubra mais sobre o bio-concreto.

Definição de bio-concreto e características.

O concreto data desde meados do século 16, quando passou a ser utilizado como forma estrutural para construção de um farol localizado na Inglaterra. De lá para cá, esse material, desenvolvido através da junção de pedras, areia grossa, cimento e água, vem sendo amplamente utilizado na construção civil, pois se trata de um componente capaz de suportar grandes cargas através de suas características específicas.

Ainda mais por que o concreto, juntamente com o aço, formam a parte estrutural mais conhecida de toda a área engenharia, sendo utilizada de maneira massiva. Junto a isso, seu desenvolvimento, aliado a estudos, o tornam, cada vez mais, uma tecnologia eficaz no combate às suas deficiências.

Pensando que o concreto é suscetível aos problemas que impactam sua durabilidade e resistência, pesquisadores iniciaram, por volta do ano 2000, estudos para melhorarem a solução do concreto e acabaram por desenvolver em um projeto nomeado de: bio-concreto.

Esse bio-concreto consiste em trabalhar juntamente com a biologia, utilizando elementos vivos, para criar uma solução em que o concreto pode se autorregenerar, ou seja, aumentar sua capacidade em relação as suas características de resistências às forças de tração, já que com o decorrer do tempo, essa é a principal intempérie que acaba por deteriorar esse material.

A ideia principal do bio-concreto, é utilizar microrganismos que reagem ao alto PH por detecção da alta umidade, presente onde justamente ocorrem às fissuras e rachaduras no concreto.

O processo de auto regeneração.

O processo ocorre quando as bactérias ingerem uma mistura derivada do cálcio e liberam o calcário, que por sua vez consumem espaços vazios na patologia do concreto, acumulando materiais sólidos nas estruturas, podendo assim se recuperar de qualquer deficiência que seja, sem importar o cumprimento, limitando-se apenas pela largura da rachadura, que tem que ser de, no máximo, aproximadamente 1 mm.

Os resultados desse fenômeno biológico-químico, podem acontecer em edificações de qualquer porte e os resultados aparecem no decorrer de no máximo 3 semanas após o seu uso, por isso geram uma demanda maior de utilização na manutenção das patologias do que no emprego do concreto fresco.

Custo dos processos do bio-concreto e utilização e específica.

Como toda tecnologia ainda em desenvolvimento, o custo desse concreto ainda pode ser julgado como alto para os padrões brasileiros. Sendo comercializados por um valor de, em média, R$ 650,00 o metro cúbico, esse produto ainda está longe de ganhar os construtores, porém a sua utilização visa evitar e diminuir os custos de manutenção das construções, já que a nova tecnologia restaura a deficiência do concreto e leva em conta uma vida útil, da bactéria, de 200 anos, tornando-se competitiva no mercado.

Com os preços relativamente alto, sua utilização hoje em dia, é destinado em obras de grandes estruturas subaquáticas ou para obras de subsolos, ou seja, onde a maior concentração do nível de umidade é alta, afinal, lembrando que a bactéria reage a esse ambiente e torna a sua eficiência mais assertiva.

Mesmo assim, o bio-concreto ainda promete economizar muito dinheiro na construção civil. Apesar de ser mais caro que o concreto tradicional, os aspectos relacionados a durabilidade da obra, fazem com que esse produto, desenvolvido a partir da natureza, possa ter um futuro promissor na área, basta relacionar se uso mais sustentável do que eu concreto comum, pois sua funcionalidade está atrelada diretamente a mecanismos naturais para reparação de danos.

Apesar de pouco difundido no meio questão, sua utilização deve ser cada vez mais pensadas nos próximos anos, para que gere cada vez mais uma receita menor em custos de manutenção e maior durabilidade da obra, a fim de obter resultados mais longínquos e duradouro para cada obra.