Desenvolvido pelo arquiteto uruguaio Rafael Viñoly, o plano diretor para revitalização da usina construída na década de 1930,  inclui 3.400 novas residências, um centro comercial, hotel, escritórios e um espaço de artes.

“O Plano Diretor da Battersea Power Station tem como base rigorosos princípios de ordem ambiental, econômica e sustentabilidade social”, afirma Rafael Viñoly. “O regime proposto cria uma combinação equilibrada de uso para garantir um ambiente urbano totalmente integrado, oferece uma nova solução para o transporte e estabelece uma estratégia energética que radicalmente reduz o consumo, através do uso de fontes de energia renováveis.”

Dois dos principais nomes da arquitetura mundial, Frank Gehry e Norman Foster foram selecionados para projetar a terceira fase do plano diretor para revitalização da icônica usina termelétrica Battersea Power Station, em Londres.

O custo total das obras está estimado em 8 bilhões de libras, algo em torno de R$ 28 bilhões e tem data prevista para sua conclusão em 2020.

A frente de seus escritórios, os renomados arquitetos irão desenhar uma rua de varejo composta por lojas, restaurantes, uma biblioteca, um hotel e um centro de lazer, que conecte o marco arquitetônico com uma nova estação de metrô da cidade. O projeto ainda deve abrigar um complexo residencial.

O escritório global Foster + Partners será responsável pelos edifícios do lado leste, enquanto os arquitetos do Gehry Partners projetam os prédios localizados ao oeste da rua.

                                       

 

                                               

“Nosso objetivo é criar um bairro e um lugar onde as pessoas possam viver, que respeite a icônica Battersea Power Station enquanto a conecta com o tecido mais amplo da cidade. Nós esperamos desenvolver um desenho único para Londres, que respeite e celebre o local histórico da cidade”, explica o arquiteto canadense, naturalizado norte-americano, Frank Gehry.

Fotos divulgadas pelos empreendedores exibem como será viver em um dos endereços mais cobiçados da capital inglesa, com direito a vista para o Rio Tâmisa. Dos 254 apartamentos, poucos ainda estão à venda. O mais barato custa £ 980 mil (cerca de R$ 3,7 milhões).

Apelidado como ‘The Power House’, o apartamento show room do prédio teve seu design assinado pela Michaelis Boyd Architects. Segundo o escritório de arquitetura, a decoração, inspirada nos anos 1940 e 1930, “é industrial, refinada e autêntica, altamente tátil e visualmente dramática”.

                                               

Os interessados podem visitar o apartamento, que tem tijolos expostos e piso de carvalho, uma bancada de concreto na cozinha e painéis de vidro que vão do chão ao teto e pisos de concreto polido, além de um terraço. Os materiais usados fazem referência à herança art déco da usina, inaugurada em 1933. Desde então, o prédio ganhou fama por aparecer em diversos filmes e videoclipes. Em 1977, uma foto da usina foi usada como capa do álbum “Animals”, do Pink Floyd.

Fonte:  Rafael Vignoli Architects – http://www.rvapc.com/ – O Globo