Tipos de construção de pontes.

A engenharia vem avançando tecnologicamente, proporcionando à população melhores condições de infraestrutura, sejam elas em edifícios, viadutos, entre outros projetos, o que nos fazer pensar sobre como são feitas essas pontes enormes, quais são as dificuldades de se construir em águas profundas e pensando nisso, neste artigo, iremos mostrar as formas das quais são construídas as pontes, em meio às águas, onde elas cruzam longos rios ou até mesmo o mar.

Nos dias de hoje, a mesma técnica, utilizada pelos romanos há mais de 2600 anos, ainda é executada, claro que passaram por muitas atualizações, mas os conceitos básicos são os mesmos.

Com um aumento cada vez maior de construções sob a água, diversas técnicas foram desenvolvidas. Elas são escolhidas de acordo com o tipo de construção, tipo de solo, profundidade da água, entre outros fatores.

As pontes sobre rios, lagos e mares, são um belo exemplo disso. Sua fundação submersa, pode ser realizado pelos seguintes sistemas:

  • Sistema de tubulões: Um tubo metálico é cravado no solo e seu interior é escavado de forma mecanizada ou manual. A concretagem é a realizada de baixo para cima, com auxílio de um magote. O concreto, por ter uma densidade maior do que a água, ocupa o espaço no fundo, expulsando a água do seu interior.
  • Método Sacadeira: Outra técnica largamente utilizada, é a das sacadeiras, onde uma estrutura de contenção temporária é executada em volta de onde se deseja construir. A água interna é completamente drenada, permitindo a execução de qualquer trabalho como se estivesse em solo firme, mas a execução desse sistema só é viável em baixas profundidades, pois necessita ser uma estrutura leve e fácil de executar, que seria impossível em grandes profundidades. Em geral, são construídas com pranchas metálicas, cravadas no leito do rio, lago ou até mesmo no mar, que se encaixam umas nas outras, vedando a passagem da água. Ficam montadas durante todo o processo executivo dos trabalhos, como as fundações de uma ponte por exemplo, e após isso são simplesmente desmontadas e reutilizadas em outro trecho da obra. O sistema de sacadeiras, também pode ser executado com obras de terra, onde uma quantidade enorme de terra, ou areia, do próprio leito do rio, é dragado e despejado em um local específico para formar uma contenção temporária. O problema disso é a instabilidade, pois a ondulação das águas nas bordas da ensecadeira, pode gerar um desmoronamento, inundando completamente o ambiente.
  • Técnica Caixão: As tecnologias mais modernas para construção de pontes, utilizam de uma técnica conhecida como caixão, onde uma estrutura em forma de caixa é montada na superfície e levado até o ponto de execução das fundações. São então afundadas até quase o limite da borda superior, para que uma nova sessão possa ser fixada. Tubos internos fazem a dragagem da lama do leito, possibilitando a introdução da estrutura no solo. Após atingir a profundidade estabelecida no projeto, toda água no interior das câmeras da estrutura é drenada, permitindo um ambiente ideal para concretagem.
  • Cravação de estacas: A cravação de estacas é largamente utilizada, mudando apenas o material. Hoje se utiliza estaca de concreto pré-moldada e estacas metálicas, que podem ser cravadas por dezenas de metros no interior do solo, utilizando martelos pneumáticos por exemplo.

Ao longo da história humana, as construções necessitavam ultrapassar obstáculos, sejam à procura de comida ou outra necessidade. Para que muitas dessas coisas fossem realizadas, era necessário tornar viável passagem de um lugar para o outro.

Com o passar dos anos e o avanço da engenharia, as pontes foram ficando cada vez mais modernas e seguras, atingindo um cumprimento cada vez maior.